13 de março de 2013

Jogo dos 15 erros: conheça os deslizes mais comuns na hora de malhar


Mesmo quem considera um ambiente muito familiar, pode cometer erros que comprometem a saúde e o rendimento do treino. Para livrá-la dessa roubada, listamos os deslizes mais comuns quando o assunto é malhação. Fique atenta!



Se você sentir "agulhadas", "queimação" ou sensação de "travação" do movimento, no ato
da execução, pare o exercício

1. Montar o seu próprio treino

Essa prática é muito comum entre as frequentadoras mais assíduas. Como já treinam há algum tempo, elas se sentem seguras a ponto de decidir qual o tipo de exercício é o mais adequado para seus objetivos. Grande engano! “Nesse contexto, muita gente só coloca em seu treino os exercícios que gosta ou aqueles que já deram resultado um dia. Porém, acontece que nem sempre o que gostamos é o mais indicado para nós e o que funcionou um dia pode não dar mais resultado. Com o tempo, as necessidades do corpo vão mudando”, diz Rodolfo Pavanelli, professor de musculação da Fórmula Academia e personal trainer (SP). Somente um profissional saberá avaliar as demandas do seu corpo e apontar quando um ciclo já se encerrou. Portanto, resista à tentação da autossuficiência e aceite o auxílio do professor. Juntos, vocês podem chegar a um programa de exercícios prazeroso e eficaz.

2. Correr na esteira com a postura encurvada

Esse erro é mais comum para as novas praticantes, que ainda não se sentem muito à vontade ou seguras no aparelho. Geralmente, elas permanecem com as mãos no apoio e a preocupação em se segurar é tanta que nem se dão conta da postura incorreta. Correr ou caminhar com as costas curvadas faz que a pessoa gaste mais energia do que o necessário. Além disso, pode sobrecarregar alguns grupamentos musculares, prejudicando o corpo e causando dores. Por isso, muita atenção: a ordem é manter a coluna no lugar. Assim, a movimentação é natural, economiza-se energia durante o exercício e ficamos mais à vontade e resistentes, permanecendo mais tempo na esteira. 

3. Pegar os pesinhos do chão sem flexionar os joelhos

Quando nos agachamos, sem o cuidado de flexionar os joelhos, aumentamos muito a sobrecarga na coluna vertebral e na musculatura que a sustenta. Dessa forma, a área fica mais suscetível a lesões, que podem prejudicar até mesmo os discos invertebrais, responsáveis por diminuir atritos e permitir maior mobilidade entre as vértebras. “Por isso, o ideal é sempre levantar os pesos do chão flexionando os dois joelhos e, de preferência, colocando uma perna à frente da outra, para aumentar a distribuição do peso e reduzir a tensão sobre as estruturas corporais”, alerta Bianca T. Ramallo Foschini, personal trainer especialista em fisiologia do exercício (SP). Seus joelhos, que aguentam a maior barra todosos dias, agradecem a gentileza! 

4. Exagerar no peso na tentativa de acelerar os resultados

Quando o assunto é atividade física, tudo é conquistado progressivamente. Afinal, é aos poucos que nosso corpo vai se adaptando ao exercício, adquirindo maior resistência e tendo a musculatura fortalecida. “O aumento das cargas deve ser feito sem pressa, acompanhando a resposta da aluna ao exercício. Acelerar esse processo pode lesionar músculos, tendões e ligamentos que não foram devidamente preparados para tanto esforço”, sinaliza Bianca. Então, amiga, vá com calma! O segredo, nesse caso, é a frequência e a qualidade no treinamento. Nada de atropelar as coisas! 


 5. Pular o alongamento

Tem gente que não suporta o estica e puxa do alongamento. E verdade seja dita: no começo, é meio incômodo mesmo. Mas é justamente para evitar que a coisa piore lá na frente que não dá para abrir mão dessa parte do treino. “Quando pedimos para o aluno alongar, o foco é a flexibilidade, sem a qual fica difícil realizar tarefas do dia a dia, como pegar algo que esteja no alto ou amarrar o tênis”, explica Rodolfo Pavanelli. Essa habilidade, tão importante na rotina da gente, vai se perdendo ao longo dos anos. “Se não a exercitamos,sofremos encurtamentos que podem desencadear males como lombalgia e instabilidade muscular.” 


6. Compensar uma falta malhando em dobro no dia seguinte

“Um programa de treinamento já é pensado no intuito de aproveitar ao máximo o rendimento diário, sem ultrapassar os limites nem oferecer riscos à saúde. Portanto, não é recomendado se exercitar em dobro, como forma de compensação”, diz Bianca Foschini. A explicação é simples: o exagero pode desgastar muito a musculatura que, fadigada, tem sua capacidade diminuída. Trocando em miúdos: o rendimento cai e o risco de se machucar aumenta. Tome cuidado! 

7. Não se hidratar adequadamente

Durante a realização das atividades físicas, perdemos uma grande quantidade de água e sais minerais por meio do suor. Essa perda é ainda maior se o treino for realizado em locais quentes e úmidos. “Se não fizermos uma reposição hídrica adequada, entramos em um quadro de desidratação, no qual ocorre diminuição do volume sanguíneo, taquicardia, estresse térmico e sobrecarga nos rins. Os sintomas variam de desmaio e vertigens até o estado de coma. É muito sério”, alerta Bianca Foschini. Prevenir-se desse mal é fácil: ande sempre com seu squeeze a tiracolo. Não é esforço nenhum, certo? Cá entre nós, nada como aliviar aquele calor que nos consome quando estamos malhando com uma água bem geladinha. Além de refrescante, não aumenta nenhuma caloria sequer

8. Treinar mesmo com dor

Ao treinar, provocamos microlesões na musculatura. Isso é normal. O intuito é que o corpo logo se recupere e volte cada vez mais forte e resistente. No entanto, se essa recuperação não ocorre, começa um processo inflamatório que causa dor. Eis aí o sinal de alerta. Se continuarmos a forçar os músculos, sem dar o tempo necessário para a recuperação, ele ficará cada vez mais debilitado. Muita gente se arrisca, pois não vê muito prejuízo em um primeiro momento, mas, em longo prazo, sofre lesões e pode ter de se afastar da academia. Nada de forçar a barra, certo? 

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